Numa iniciativa simbólica e controversa, a Administração Trump rebatizou o Instituto da Paz dos Estados Unidos com o nome de Donald J. Trump, uma instituição que o próprio presidente tentara desmantelar. O ato foi apresentado como uma homenagem ao "Presidente da Paz", mas foi criticado como um gesto de apropriação por parte de opositores. O novo nome, "Instituto da Paz dos Estados Unidos Donald J. Trump", foi revelado na fachada do edifício em Washington, coincidindo com a assinatura de um acordo de paz entre o Ruanda e a República Democrática do Congo, que Trump afirmou ter mediado. O Secretário de Estado, Marco Rubio, justificou a mudança como uma forma de "homenagear o melhor negociador da história do nosso país".
No entanto, a decisão foi recebida com escárnio por críticos, que recordaram que, nos primeiros meses do seu segundo mandato, Trump tentou desmantelar o instituto, criado em 1984, e demitiu a maior parte da sua direção. Um advogado da antiga direção classificou a renomeação como "o cúmulo", lembrando que a tomada do edifício pelo governo já tinha sido considerada ilegal por um juiz federal.
O gesto é consistente com o histórico de Trump de usar o seu nome como uma marca em propriedades e com as suas repetidas reivindicações de que merecia o Prémio Nobel da Paz pelos seus esforços em resolver conflitos globais. A porta-voz da Casa Branca defendeu a decisão, afirmando que o instituto era anteriormente uma "entidade inchada e inútil" e que o novo nome homenageia um presidente que "pôs fim a oito guerras em menos de um ano".
Em resumoA renomeação do Instituto da Paz é um exemplo paradigmático do estilo da presidência de Trump, misturando autopromoção, reescrita da história institucional e a celebração de sucessos de política externa, mesmo quando estes são contestados. O ato simboliza a fusão entre a marca pessoal do presidente e as instituições do Estado.