Estas medidas representam um aprofundamento da repressão à imigração que tem marcado a sua presidência.

Numa escalada significativa das suas políticas de controlo de fronteiras, a administração revelou a intenção de expandir a proibição de viagens para incluir mais de 30 países, embora a lista final ainda esteja a ser avaliada pelo presidente. Esta medida baseia-se numa proibição já existente que afeta cidadãos de 12 países e restringe a entrada de outros sete, justificada pela necessidade de conter "terroristas estrangeiros". Simultaneamente, o governo impôs uma suspensão a todos os pedidos de imigração, incluindo residência permanente e naturalização, de 19 países considerados "de alto risco", entre os quais se encontram Cuba, Venezuela, Haiti e Somália. A implementação desta medida foi abrupta, com relatos de imigrantes a serem impedidos de participar nas suas cerimónias de juramento de lealdade aos EUA em cidades como Boston.

Uma das afetadas foi uma cidadã haitiana com residência permanente há duas décadas.

A repressão estende-se a um desafio fundamental ao sistema legal americano: a administração Trump está a contestar a cidadania por nascimento, um direito consagrado na 14.ª Emenda da Constituição.

O Supremo Tribunal concordou em analisar o recurso do presidente contra uma decisão de um tribunal inferior que anulou as restrições à cidadania impostas por uma ordem executiva no primeiro dia do seu segundo mandato. Estas ações, juntamente com operações de fiscalização em massa em cidades como Nova Orleães, consolidam uma das agendas políticas mais controversas de Trump.