A administração Trump não descartou a possibilidade de realizar rusgas e detenções de imigrantes pelo Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) durante o Campeonato do Mundo de Futebol de 2026. A medida, enquadrada na maior operação de segurança de sempre preparada para um evento nos EUA, levanta preocupações junto de organizações de direitos humanos. Andrew Giuliani, diretor do grupo de trabalho da Casa Branca para o evento, afirmou numa conferência de imprensa que a segurança será uma prioridade máxima e que o presidente "não descarta nada que torne este país mais seguro". Giuliani confirmou que o ICE poderá realizar detenções tanto dentro como fora dos estádios, com o objetivo de garantir que todos os visitantes entram legalmente no país e são devidamente identificados.
Com uma estimativa de cinco a sete milhões de turistas internacionais, o governo americano planeia um investimento maciço em segurança, incluindo 625 milhões de dólares para apoiar as forças de segurança e 500 milhões para sistemas de combate a drones. A organização Human Rights Watch (HRW) já expressou preocupação com a segurança dos estrangeiros, recordando a detenção de um requerente de asilo durante o Mundial de Clubes. Embora a administração garanta que os portadores de bilhetes terão um agendamento prioritário para vistos, todos os procedimentos de triagem habituais serão mantidos.
Giuliani sublinhou que, embora o país receba o evento com entusiasmo, "não toleraremos tumultos que ameacem a segurança", acrescentando que o evento demonstrará que "a segurança e a hospitalidade podem caminhar lado a lado".
Em resumoA segurança para o Mundial de 2026 nos EUA será reforçada a um nível sem precedentes, com a administração Trump a admitir abertamente a possibilidade de operações de imigração em larga escala. Esta abordagem sublinha a prioridade dada à segurança e ao controlo de fronteiras, mesmo durante um evento desportivo internacional de grande visibilidade.