O documento marca uma viragem significativa na política externa norte-americana, priorizando uma abordagem "América Primeiro".
O documento de 33 páginas, descrito como "soturno e sinistro" por um analista, argumenta que, se as tendências atuais se mantiverem, a Europa ficará "irreconhecível dentro de 20 anos ou menos". Numa entrevista subsequente, o Presidente Donald Trump intensificou as críticas, descrevendo a Europa como um conjunto de nações "em decadência", lideradas por responsáveis "fracos" e "realmente estúpidos". Trump ligou esta alegada degradação às políticas migratórias, que considera "um desastre", e criticou cidades como Londres e Paris por se terem transformado de forma indesejada.
Esta nova doutrina provocou fortes reações dos líderes europeus.
A chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, embora reafirmando que os EUA continuam a ser o "maior aliado", classificou o texto como uma "provocação".
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, acusou Washington de uma "ameaça direta de interferência política", enquanto o chanceler alemão, Friedrich Merz, considerou partes do documento "inaceitáveis".
A estratégia reflete uma reorientação da política externa dos EUA, afastando-se das alianças tradicionais e apoiando explicitamente líderes europeus controversos, como Viktor Orbán, que partilham a sua visão estratégica.














