A decisão representa um limite ao poder executivo e uma vitória para as autoridades estatais no confronto com o governo federal.

O juiz Charles Breyer concedeu uma providência cautelar, proibindo temporariamente a mobilização federal dos militares.

Na sua decisão, rejeitou o argumento do governo de que os protestos contra as operações do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) constituíam uma "rebelião" que justificasse a intervenção. O magistrado criticou a interpretação excessivamente ampla do poder presidencial, afirmando que "o sistema concebido pelos fundadores [do país] baseia-se em freios e contrapesos, não em cheques em branco".

A decisão também destacou que, seis meses após a mobilização, o governo mantinha o controlo de cerca de 300 militares sem provas de que a aplicação da lei estivesse a ser impedida. A Casa Branca defendeu a ação de Trump, argumentando que o presidente exerceu a sua autoridade legal para responder a protestos que as autoridades locais se recusaram a conter.

Este confronto judicial evidencia as tensões entre a administração Trump e os estados liderados por democratas sobre a aplicação da lei de imigração e os limites da autoridade federal.