Esta iniciativa visa reforçar a segurança nacional, mas levanta preocupações sobre privacidade e vigilância.
A proposta, apresentada pela Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) e pelo Departamento de Segurança Interna (DHS), afetaria viajantes de 42 países abrangidos pelo Programa de Isenção de Visto (VWP), que atualmente preenchem apenas o formulário ESTA. A submissão de perfis de redes sociais, que desde 2016 era opcional, passaria a ser obrigatória. A medida vai além das redes sociais, prevendo a recolha de outros "elementos de dados de alto valor", como números de telemóvel dos últimos cinco anos, endereços de e-mail da última década e informações sobre familiares. A justificação oficial, enquadrada numa ordem executiva de janeiro para "proteger os Estados Unidos de terroristas estrangeiros e outras ameaças", é permitir que as autoridades avaliem a "boa conduta moral" dos visitantes e identifiquem potenciais ameaças. A implementação desta política surge num momento em que os EUA se preparam para acolher grandes eventos internacionais, como o Campeonato do Mundo de Futebol de 2026 e os Jogos Olímpicos de 2028, que deverão atrair milhões de turistas. A proposta está aberta a consulta pública por um período de 60 dias antes de uma possível entrada em vigor, representando um aprofundamento significativo da vigilância digital sobre milhões de pessoas que pretendem visitar o país.














