As medidas visam familiares do presidente venezuelano e entidades do setor petrolífero, exacerbando as tensões diplomáticas entre os dois países.

As novas sanções visam especificamente três sobrinhos da mulher de Maduro, Cilia Flores, que Washington acusa de narcotráfico, bem como seis empresas de transporte marítimo suspeitas de transportar petróleo venezuelano. A decisão surge na sequência da apreensão, por forças norte-americanas, de um petroleiro chamado Skipper no Mar das Caraíbas, que alegadamente transportava petróleo da Venezuela e do Irão para Cuba. Esta ação foi concebida para asfixiar ainda mais a economia venezuelana, altamente dependente das receitas do petróleo e já severamente afetada por sanções anteriores.

Em resposta, o presidente Nicolás Maduro denunciou as ações dos EUA como atos de "pirataria marítima".

Numa declaração na televisão pública, Maduro protestou: "Sequestraram os tripulantes, roubaram o navio e inauguraram uma nova era: a era da pirataria naval criminosa nas Caraíbas".

Este episódio marca uma escalada significativa na estratégia de Washington para isolar o regime de Maduro, utilizando medidas económicas e ações de interdição marítima que Caracas considera uma agressão direta e uma violação do direito internacional.