Um projeto de lei proposto no Senado por um aliado republicano do presidente Trump visa eliminar a dupla cidadania nos Estados Unidos, uma medida que forçaria milhões de pessoas, incluindo muitos luso-americanos, a escolher entre a sua cidadania norte-americana e a de outro país. A proposta gerou uma forte mobilização e oposição por parte de comunidades de imigrantes. Intitulada "Lei da Cidadania Exclusiva de 2025" e apresentada pelo senador Bernie Moreno, a legislação obrigaria os atuais cidadãos com dupla nacionalidade a optar por uma delas no prazo de um ano, sob pena de renúncia voluntária da cidadania norte-americana. O argumento do proponente é que a dupla cidadania cria "conflitos de interesse e lealdades divididas".
Organizações como o Conselho de Liderança Luso-Americano (PALCUS) mobilizaram-se contra o projeto, descrevendo-o como um ataque à identidade de milhares de pessoas e uma "escolha impossível".
Frank Ferreira, conselheiro das comunidades, considerou a proposta "fraturante, um ataque às relações bilaterais entre Portugal e os Estados Unidos, e uma violação flagrante dos direitos constitucionais".
Os artigos salientam a ironia de a medida poder afetar a própria família de Trump, uma vez que a primeira-dama Melania e o seu filho Barron possuem também cidadania eslovena.
Embora especialistas prevejam que barreiras constitucionais impeçam a sua aprovação, a proposta reflete a ideologia nacionalista e restritiva da administração.
Em resumoA proposta de lei para abolir a dupla cidadania representa uma mudança radical na política dos EUA, ameaçando a identidade de milhões de pessoas e refletindo uma ideologia nacionalista inflexível, embora enfrente uma oposição legal e política significativa.