As suas intervenções na política económica refletem uma abordagem populista e protecionista, desafiando a independência das instituições e as normas do comércio global.

Num comício na Pensilvânia, Trump atacou diretamente a independência da Fed, culpando o presidente Joe Biden e os seus nomeados para o conselho de governadores pelo aumento dos preços.

Chegou a questionar a legitimidade das nomeações, sugerindo que os documentos poderiam ter sido assinados por uma “caneta automática”, uma alegação que prometeu investigar.

Esta pressão pública sobre o banco central ocorreu enquanto este se preparava para tomar decisões sobre as taxas de juro.

No campo do comércio internacional, a sua guerra tarifária, especialmente com a China, teve consequências diretas e severas para a agricultura americana.

Com a China a suspender quase totalmente as compras de soja dos EUA, os agricultores enfrentaram quebras massivas de receitas. Para mitigar os danos, Trump anunciou um pacote de ajuda de 12 mil milhões de dólares, financiado, segundo ele, com uma “pequena parte” das receitas das próprias tarifas. Apesar das dificuldades económicas em alguns setores e de estatísticas que mostravam uma aceleração da inflação, Trump proclamava sucesso, afirmando que “os preços e a inflação caíram para mínimos históricos este ano”.