A medida, que visa reforçar a segurança nacional, gerou um debate aceso sobre privacidade e liberdade de expressão.
A proposta, apresentada pela Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP), insere-se numa ordem executiva de Donald Trump para "proteger os Estados Unidos de terroristas estrangeiros". Se aprovada, a partilha de perfis de redes sociais, atualmente opcional no formulário ESTA, tornar-se-ia obrigatória. A recolha de dados iria mais longe, incluindo números de telemóvel dos últimos cinco anos, endereços de e-mail da última década, informações sobre familiares e dados biométricos. A justificação oficial é a necessidade de melhorar a triagem de viajantes, especialmente com a aproximação de eventos de grande afluência como o Mundial de Futebol de 2026.
No entanto, a medida suscitou fortes críticas.
Grupos de defesa das liberdades civis alertam para o efeito dissuasor sobre a liberdade de expressão. Sarah McLaughlin, de um desses grupos, afirmou que a proposta "envia a mensagem que o compromisso americano à liberdade de expressão é só pretensão, não é uma prática", argumentando que os visitantes não deveriam sentir que a "auto-censura é uma condição de entrada no país". A medida surge também num contexto de queda do turismo para os EUA desde que Trump assumiu o cargo, levantando preocupações sobre um maior impacto económico negativo.














