A medida assinala uma mudança diplomática significativa após as tensões geradas durante a administração Trump.

As sanções contra Moraes, que incluíam a revogação do seu visto, foram impostas em julho ao abrigo da Lei Magnitsky, que visa indivíduos envolvidos em corrupção ou violações de direitos humanos.

Esta ação foi vista como uma retaliação direta pelo julgamento de Bolsonaro, aliado político de Trump.

A pressão da administração Trump sobre o Brasil incluiu também o aumento de tarifas sobre as exportações brasileiras.

O levantamento das sanções, confirmado pelo Departamento do Tesouro dos EUA, foi celebrado no Brasil.

O juiz Moraes considerou-a uma "tripla vitória: do Judiciário brasileiro, que não se rendeu a ameaças e coerções (...), da soberania nacional e da democracia". O presidente brasileiro, Lula da Silva, ecoou este sentimento, afirmando que "a tua vitória [de Moraes] é a vitória da democracia brasileira".

Em contrapartida, o filho de Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, lamentou a decisão a partir dos EUA.

Este episódio ilustra o impacto direto da política externa de Trump, que utilizou ferramentas de sanções para apoiar aliados internacionais, e como a mudança de administração em Washington levou a uma rápida normalização das relações diplomáticas com o Brasil.