Esta decisão assinala uma mudança na abordagem diplomática dos EUA em relação ao Brasil, após um período de tensão.
As sanções contra o juiz Moraes, que incluíam a revogação do seu visto e restrições financeiras, foram impostas em julho ao abrigo da Lei Magnitsky, que visa indivíduos estrangeiros envolvidos em corrupção ou violações de direitos humanos. A medida foi uma retaliação direta pelo papel do magistrado no processo contra Jair Bolsonaro, um aliado de Trump, que foi condenado em setembro a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe.
Na altura, a administração Trump também aumentou as tarifas sobre as exportações brasileiras.
A decisão de reverter as sanções foi confirmada pelo Escritório de Controlo de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro dos EUA.
O presidente brasileiro, Lula da Silva, e o próprio juiz Moraes celebraram a decisão como uma vitória para a democracia e soberania do Brasil. Lula afirmou que “a tua vitória [Alexandre de Moraes] é a vitória da democracia brasileira”, enquanto Moraes declarou que “a verdade venceu hoje”.
A medida surge após a reabertura de canais de comunicação entre os dois países, com várias reuniões entre os líderes e a retirada de tarifas sobre alguns produtos brasileiros.
No entanto, a decisão foi lamentada por Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, que a considerou um revés nos seus esforços de lobbying nos EUA para pressionar as autoridades brasileiras.













