As sanções foram impostas em julho ao abrigo da Lei Magnitsky, uma legislação que permite ao executivo norte-americano visar cidadãos estrangeiros envolvidos em corrupção ou violações de direitos humanos.

A medida, que incluiu a revogação do visto de Moraes, foi uma resposta direta às ações do juiz durante o julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe, que resultou numa condenação a 27 anos e três meses de prisão.

A administração Trump também retaliou economicamente, aumentando as tarifas sobre as exportações brasileiras para 50%.

O levantamento das sanções, anunciado pelo Escritório de Controlo de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro, indica uma reabertura dos canais de comunicação entre os dois países.

O Presidente brasileiro, Lula da Silva, e o próprio juiz Moraes celebraram a decisão. Moraes afirmou que o Brasil alcançou uma “tripla vitória: do Judiciário brasileiro, (...) da soberania nacional e da democracia”. Lula da Silva ecoou este sentimento, declarando que a vitória de Moraes “é a vitória da democracia brasileira”.

Em contraste, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, lamentou a decisão a partir dos EUA, onde tem feito lobby por sanções contra o Brasil.

A sua reação evidencia a profunda divisão política em torno do caso e a sua dimensão internacional.