Estas ações, realizadas sem autorização do Congresso, geraram um intenso debate sobre a sua legalidade e legitimidade jurídica.
O comando militar sul dos Estados Unidos (SOUTHCOM) anunciou repetidamente ataques a embarcações em águas internacionais, resultando em mais de 100 mortos desde setembro. Num dos comunicados, o SOUTHCOM afirmou que "os navios transitavam por rotas conhecidas do narcotráfico no Pacífico Oriental e estavam envolvidos em operações de tráfico de drogas". No entanto, a administração não forneceu provas públicas que ligassem as embarcações a atividades ilícitas, o que levou a questionamentos por parte de especialistas, das Nações Unidas e de países do G7. O governo de Trump acusa especificamente o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de liderar uma rede de tráfico, o que Caracas nega. O próprio Trump insistiu que não precisa de autorização do Congresso para bombardear alvos relacionados com o tráfico de droga, declarando: "Não me importava de lhes dizer [ao Congresso], mas não é grande coisa. Não preciso de dizer".
A legalidade destes ataques em águas internacionais tem sido contestada, com a Human Rights Watch a exortar os parceiros dos EUA a condenarem as operações "ilegais".
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos sublinhou que "o uso intencional de força letal só é permitido como último recurso contra um indivíduo que represente uma ameaça iminente à vida".













