A medida representa um endurecimento significativo da política de imigração, aproveitando um caso de grande visibilidade para implementar uma mudança há muito desejada pelo presidente. Cláudio Valente, suspeito de matar o físico Nuno Loureiro e de levar a cabo um tiroteio na Universidade Brown que resultou em duas mortes, tinha obtido o estatuto de residente permanente em 2017 através deste programa.
A secretária da Segurança Interna, Kristi Noem, justificou a suspensão imediata afirmando que "este indivíduo hediondo nunca deveria ter tido permissão para entrar no nosso país".
A decisão foi vista por analistas como a concretização de uma ambição antiga de Trump, que já criticava o programa desde um ataque terrorista em Nova Iorque em 2017, perpetrado por outro beneficiário do mesmo. Segundo o comentador Francisco Pereira Coutinho, a morte de Nuno Loureiro deu uma "desculpa" a Trump para fazer o que já queria. Outros analistas, como Daniel Pinéu, sugerem que a medida serve para desviar a atenção do debate sobre o controlo de armas nos EUA, argumentando que a suspensão de vistos "não trava a violência armada". A ação insere-se na política de imigração mais restritiva da administração Trump, que tem procurado limitar as vias legais de entrada no país.













