Realizado no Vaticano, o encontro reuniu mais de mil participantes de 58 países, incluindo padres, religiosos e leigos que utilizam plataformas como redes sociais, blogues e canais digitais para partilhar a mensagem do Evangelho. A iniciativa surge num contexto em que a Igreja procura novas formas de chegar a públicos mais vastos, especialmente aqueles que, nas palavras da irmã Xiskya Valladares, uma das participantes, "não vão às igrejas, que não estão nas paróquias". O evento abordou os desafios inerentes à presença online, como a "questão do ego" e a necessidade de evitar a superficialidade. O padre Paulo Duarte, jesuíta português, destacou a importância de usar o digital não apenas como um meio de transmissão, mas como um "caminho de encontro" para criar relações e comunidade. A preocupação central, partilhada por vários intervenientes como o padre Miguel Neto, é a de que a Igreja não deve apenas "utilizar o mecanismo digital", mas sim "evangelizar verdadeiramente o mundo digital", combatendo discursos de ódio e promovendo uma cultura de silêncio e reflexão. O evento contou com a presença de altas figuras do Vaticano, como o Cardeal Pietro Parolin, que reforçou que "o digital faz parte da forma como cada vez mais pessoas pensam, sentem, pesquisam e se relacionam", validando a importância estratégica desta nova forma de apostolado.