Este fenómeno levanta questões sobre a autenticidade da promoção turística na era digital e o impacto do turismo de massa na experiência do visitante.
Dois casos recentes ilustram esta tendência.
Uma família norte-americana que visitou Positano, em Itália, descreveu a experiência como um "completo caos", contrastando com os vídeos que mostravam ruas calmas. A turista Regina Simmons relatou que era necessário "andar ombro a ombro" com outros visitantes, o que impedia a fruição do local.
A sua conclusão serve de alerta: "Se está na moda nas redes sociais, toda a gente quer fazer o mesmo. (...) Não se pode acreditar em tudo o que se vê na internet". De forma semelhante, uma turista britânica em Playa del Inglés, na Gran Canária, partilhou a sua "horrível" experiência, queixando-se de que os preços quase duplicaram em dois anos e que os locais foram "rudes sem motivo". A sua desilusão foi tal que afirmou estar "desejosa de regressar a casa".
Ambas as situações revelam como as plataformas digitais, ao criarem expectativas irrealistas, podem amplificar o sentimento de desapontamento quando os viajantes se deparam com os problemas sistémicos de destinos sobrelotados, onde a pressão turística degrada a qualidade da visita e a interação com a comunidade local.