A criação, que divide opiniões, destaca a crescente tendência de produtos que procuram captar a atenção através da controvérsia e da nostalgia.

A polémica em torno do novo gelado, lançado em Nova Iorque, ilustra uma estratégia de marketing altamente eficaz, assente na curiosidade e no choque.

Descrito como "doce, ligeiramente salgado, cremoso, com notas de mel e toques de colostro", o produto rapidamente se tornou um tópico de discussão nas redes sociais.

É crucial esclarecer, como os artigos indicam, que o gelado não contém leite materno humano.

A sua composição baseia-se em colostro de leite de vaca, o primeiro leite produzido após o parto, que lhe confere um tom amarelado e um perfil de sabor distinto. O lançamento foi estrategicamente agendado para coincidir com a Semana Mundial do Aleitamento Materno, uma decisão que, embora controversa, amplificou a sua visibilidade e gerou um debate sobre a normalização da amamentação e a utilização de conceitos associados para fins comerciais.

O sucesso de vendas foi imediato, com o produto a esgotar em poucas horas, demonstrando como um conceito invulgar, aliado a uma campanha oportuna, pode transformar um simples produto alimentar num fenómeno cultural e mediático.

A divisão de opiniões que se seguiu apenas serviu para solidificar o seu estatuto viral, provando que, na era digital, a capacidade de gerar conversa é tão importante quanto o produto em si.