Este tipo de conteúdo, designado "trash streaming", consiste na realização de atos extremos, humilhantes e violentos, em direto, com o objetivo de angariar dinheiro dos espectadores.
No momento da sua morte, a transmissão já tinha arrecadado 36 mil euros.
Os abusos incluíam privação de sono e outras formas de tortura.
A morte do 'influencer' expôs um lado sombrio da criação de conteúdo online, onde indivíduos vulneráveis são explorados para entretenimento e lucro.
O caso gerou uma onda de choque em França, levando a uma intervenção governamental e à abertura de uma investigação pela polícia de Nice, que apreendeu os vídeos para analisar os meses de abusos que antecederam a tragédia. O fenómeno levanta sérias questões sobre a moderação de conteúdo em plataformas como a Kick, que acolheu a transmissão, e sobre a responsabilidade tanto dos criadores como dos espectadores que financiam este tipo de conteúdo extremo. A morte de Pormanove tornou-se um caso de estudo sobre os perigos da monetização de comportamentos destrutivos e a necessidade de regulamentação mais apertada no universo do 'streaming'.