O caso ganhou dimensão nacional após as imagens, captadas por câmaras de videovigilância, terem sido "amplamente difundidas nas redes sociais".
O vídeo mostra um homem de 35 anos a agredir brutalmente a companheira na presença do filho, o que levou a uma intervenção rápida das autoridades e à sua detenção.
O agressor ficou em prisão preventiva, indiciado por dois crimes de violência doméstica agravados, contra a mulher e o filho.
A viralização do caso trouxe para a praça pública a discussão sobre a validade legal de tais gravações.
Enquanto algumas fontes governamentais na Madeira afirmaram que a gravação seria considerada uma "prova ilícita" por ter sido efetuada sem consentimento, o Bastonário da Ordem dos Advogados, João Massano, esclareceu que a jurisprudência tem admitido estas provas se existir uma "justa causa", como a proteção de pessoas ou a documentação de um crime.
A situação expôs a dura realidade da violência doméstica em Portugal.
Os artigos noticiosos contextualizaram o caso com estatísticas nacionais alarmantes: a PSP registou 297 casos de violência doméstica numa semana e, no primeiro semestre de 2025, as forças de segurança (PSP e GNR) detiveram mais de mil suspeitos. A vítima, que poderá ficar com a visão de um olho comprometida, está sob proteção policial, e o caso foi comunicado à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, evidenciando as múltiplas dimensões e vítimas deste crime.