A aparição pública da Princesa de Gales num evento no Museu de História Natural, em Londres, a 4 de setembro, tornou-se o epicentro de uma polémica digital. Ao trocar os seus habituais cabelos castanhos por um tom loiro, Kate Middleton enfrentou uma vaga de "comentários depreciativos" que inundaram as redes sociais.

A discussão online não se limitou a opiniões sobre a cor, escalando para especulações sobre se a princesa estaria a usar uma peruca e críticas sobre a sua aparência física, com comentários sobre estar "magra, abatida, com mau aspeto".

Esta reação negativa ganhou particular relevância dado o contexto de saúde da princesa, que foi diagnosticada com cancro em 2024 e submetida a "quimioterapia preventiva".

A desproporção dos comentários motivou a intervenção de figuras públicas como a jornalista espanhola Sara Carbonero, que também enfrentou uma batalha oncológica. Carbonero expressou-se "alucinada, abalada e triste", questionando a falta de "empatia, bondade e compaixão" dos internautas.

Numa publicação emotiva, apelou à reflexão sobre o tipo de sociedade que "leva as mãos à cabeça quando se fala de saúde mental", mas que "não hesita em descarregar o seu ódio contra uma pessoa que está a viver uma realidade duríssima".

A defesa foi reforçada por Sam McKnight, antigo cabeleireiro da Princesa Diana, que se mostrou "chocado, horrorizado, consternado e enojado com todos os comentários asquerosos".

McKnight destacou a vulnerabilidade de Kate e a crueldade dos ataques, "a maioria feitos por outras mulheres", contra alguém que corajosamente enfrenta o público enquanto lida com uma situação de saúde delicada.