Trump aconselhou as mulheres a não tomarem o medicamento, a não ser que fosse medicamente recomendado, e chegou a afirmar que em Cuba "praticamente não há autismo" por não terem acesso à marca mais popular do fármaco, Tylenol.

As alegações foram imediatamente contestadas pela comunidade médica e científica.

A farmacêutica Kenvue, fabricante do Tylenol, rejeitou a associação, manifestando-se "profundamente preocupada com o risco que isto representa para a saúde das mulheres grávidas". Em Portugal, o Infarmed e a Direção-Geral da Saúde (DGS) emitiram esclarecimentos, garantindo que não existe evidência de uma relação causal e que as recomendações de uso do paracetamol na gravidez se mantêm inalteradas. A Ordem dos Farmacêuticos também insistiu que a informação científica disponível não sustenta a relação, e especialistas portugueses, como a obstetra Marina Moucho, classificaram as alegações como infundadas, lembrando que "o paracetamol foi introduzido no mercado em 1955, já havia diagnóstico de autismo antes disso". A polémica foi comparada a outras sugestões cientificamente infundadas de Trump, como a de tratar a Covid com lixívia, e gerou preocupação entre especialistas pelo potencial de criar um "estigma contra as mães" e de disseminar desinformação perigosa.