O caso, que envolveu o presidente Donald Trump e acusações de censura, ilustra a crescente polarização do debate público e a pressão sobre a liberdade de expressão nos media. A polémica começou quando Kimmel acusou a direita norte-americana de explorar politicamente a morte de Kirk.

A reação da equipa de Trump foi imediata, com o presidente a saudar a posterior suspensão do programa e a sugerir que a agência reguladora de radiodifusão (FCC) poderia revogar as licenças das estações que o transmitiam.

Em resposta, dois grandes grupos de emissoras, Sinclair e Nexstar, anunciaram um boicote ao programa.

A ABC, detida pela Disney, suspendeu o "Jimmy Kimmel Live!"

a nível nacional, justificando a decisão com o desejo de "evitar agravar uma situação tensa". O regresso de Kimmel, uma semana depois, foi marcado por um monólogo emotivo onde, com a voz embargada, afirmou que nunca foi sua intenção "menosprezar o assassínio de um jovem".

Criticou, no entanto, as afiliadas que mantiveram o boicote, considerando a atitude "antinorte-americana".

Trump reagiu ao regresso do humorista na sua rede social, Truth Social, ameaçando a ABC com uma ação criminal e acusando Kimmel de ser "mais um braço do DNC" (Comité Nacional Democrata).

O caso gerou um debate aceso sobre censura e a influência política sobre os meios de comunicação.