Enquanto a expectativa cresce em torno da segunda temporada, a vila que dá nome à série vive uma nova realidade, recebendo “centenas de turistas” todos os dias, atraídos pelos cenários que se tornaram mundialmente conhecidos.

Este fenómeno, conhecido como 'set-jetting' ou turismo cinematográfico, demonstra o poder das plataformas de streaming na promoção de destinos.

A autarquia da Ribeira Grande considera que a série criou uma “pressão turística positiva”, colocando a vila piscatória no mapa de viajantes nacionais e internacionais. O sucesso da produção, que se tornou uma das séries de língua não inglesa mais vistas na plataforma, gerou uma curiosidade imensa sobre os locais reais onde a trama se desenrola.

Os visitantes procuram agora as ruas estreitas, o porto de pesca e as paisagens naturais que serviram de pano de fundo para a história de Eduardo e dos seus amigos. A Netflix já divulgou as primeiras imagens da segunda temporada, prometendo mais ação e confirmando o regresso de personagens acarinhadas pelo público, o que deverá intensificar ainda mais o interesse pela região.

Este caso ilustra uma tendência crescente em que conteúdos de entretenimento digital se transformam em poderosas ferramentas de marketing territorial, capazes de gerar desenvolvimento económico local e de projetar internacionalmente localidades que, até então, estavam fora dos roteiros turísticos convencionais. A história de Rabo de Peixe é um exemplo paradigmático de como uma narrativa de ficção pode redefinir a imagem e a economia de um lugar real.