A decisão suscitou críticas de organizações de direitos humanos e líderes religiosos, além de um aceso debate nas redes sociais, onde se tornou viral a comparação entre o véu islâmico e o traje das freiras. A proposta, apresentada pelo partido Chega e aprovada com os votos favoráveis de PSD, CDS e Iniciativa Liberal, foi justificada com base em razões de segurança.
No entanto, gerou reações imediatas de várias frentes.
Líderes da comunidade islâmica, como o imã David Munir, afirmaram que a medida responde a um "problema que não existe", dado que o uso da burca em Portugal é extremamente raro.
Estes representantes consideram a lei um reflexo do aumento do sentimento "anti-imigração e islamofobia".
A Amnistia Internacional classificou a proposta como "discriminatória", afirmando que "nenhum decisor político deve ditar o que uma mulher pode ou não vestir".
A polémica extravasou o debate político e instalou-se nas redes sociais, onde um dos aspetos mais virais foi a comparação do uso da burca com o hábito das freiras católicas, questionando a coerência e a laicidade da medida.
Este debate digital expôs a polarização da sociedade portuguesa sobre temas de identidade cultural, liberdade religiosa e integração.
A discussão online, conforme noticiado, reflete um clima de divisão, onde se confrontam argumentos sobre segurança, direitos individuais e o papel do Estado na regulação de práticas religiosas no espaço público.













