A discussão foi espoletada por um vídeo em que Cristiana Jesus defendia o uso de "uma palmadinha no rabiosque quando é necessário", gerando uma onda de reações. No vídeo, Cristiana Jesus, chocada com a notícia do homicídio da vereadora Susana Gravato alegadamente pelo filho de 14 anos, refletiu sobre a dificuldade de ser mãe nos dias de hoje, afirmando que a sociedade atual proíbe os pais de impor limites.

"Não se pode levantar a voz, não se pode dizer não, e Deus nos livre de levantar a mão para dar uma palmadinha no rabiosque quando é necessário.

Porque vem logo alguém dizer que é violência", declarou.

Em resposta, Catarina Gouveia publicou um texto onde, embora compreendendo o ponto de vista de Cristiana, alertou para os perigos de uma educação baseada na violência. Gouveia argumentou que "uma criança onde a prática de violência física ou emocional lhe é imposta como uma possível linguagem de amor [...] cresce na crença de que o amor magoa e que o amor pode violentar". Acrescentou que tal abordagem "desenvolve uma visão que normaliza e legitima a violência como uma forma de comunicação". A troca de opiniões continuou com uma réplica de Cristiana Jesus, que agradeceu a reflexão de Gouveia mas defendeu a importância da "parentalidade real", afirmando que "as mães não são perfeitas" e que o amor também implica "firmeza" e "limites claros".