O caso levou à suspensão do estudante envolvido e à abertura de um processo disciplinar pela instituição. As imagens, gravadas no final de outubro e divulgadas pelo canal digital Tomar na Rede, mostram um grupo de caloiros numa valeta a ser alvo de um comportamento agressivo por parte de um estudante mais velho. A situação motivou várias denúncias anónimas de alegadas praxes abusivas.

Em resposta, o Magnum Consilium Veteranorum – Thomar, órgão que supervisiona as praxes no IPT, anunciou a suspensão por tempo indeterminado do aluno identificado, até que a sua "aptidão e conduta" sejam reavaliadas.

Num comunicado, o conselho de veteranos defendeu a atividade, afirmando que envolveu apenas "decibéis altos e água, símbolo de purificação", negando qualquer prática humilhante e sublinhando que a praxe no instituto "visa a integração e confraternização dos novos estudantes". No entanto, a direção do Instituto Politécnico de Tomar adotou uma postura mais firme, confirmando a abertura de um processo disciplinar ao aluno responsável. O episódio viralizou e intensificou a discussão pública sobre a linha que separa a tradição académica do abuso, colocando em evidência as diferentes perspetivas entre os órgãos de praxe e as direções das instituições de ensino superior sobre o que constitui um comportamento aceitável.