O fenómeno meteorológico não só causou inúmeros estragos materiais, como também dominou a conversa online, com relatos de figuras públicas a amplificarem a sua dimensão. A madrugada de 5 de novembro foi marcada por um evento meteorológico descrito como uma "tempestade rara", com uma atividade elétrica que a meteorologista Paula Leitão, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), classificou como demonstrativa de uma "trovoada bastante forte" com "números muito elevados". Foram registadas mais de 33 mil descargas elétricas em 24 horas, um valor considerado invulgar, especialmente pela predominância de descargas positivas, que transportam maior energia e são tidas como "o elemento mais perigoso de uma trovoada".
Este espetáculo luminoso e sonoro levou a que a noite ficasse "para a história" para muitos observadores.
O impacto do temporal foi vasto, com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) a registar 150 ocorrências, incluindo 91 inundações e 42 quedas de árvores, principalmente na região de Lisboa.
A tempestade deixou ainda cerca de 45 mil clientes da E-Redes sem eletricidade.
O fenómeno transcendeu a notícia factual, tornando-se um evento viral, amplificado por figuras públicas que partilharam as suas experiências.
O humorista Nuno Markl relatou ter acordado com um "estrondo brutal" que lhe partiu uma janela, enquanto Cristina Ferreira confessou o seu receio, partilhando vídeos da intempérie.
A partilha massiva de "imagens impressionantes da trovoada" nas redes sociais transformou um alerta meteorológico numa experiência coletiva, documentada e comentada em tempo real por milhares de portugueses, ilustrando como eventos naturais extremos se convertem rapidamente em fenómenos de comunicação viral na era digital.









