A polémica foi levantada em Braga pelo vereador da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, que alertou para os riscos associados aos 35 autocarros da marca chinesa Yutong, destinados aos Transportes Urbanos de Braga (TUB). Segundo o vereador, estes veículos estariam equipados com um cartão SIM que permitiria ao fabricante aceder remotamente aos sistemas, podendo, em casos extremos, "desativar os veículos à distância" ou "impedir a saída de passageiros".
Estas preocupações baseiam-se em alertas semelhantes emitidos em países como a Noruega e a Dinamarca.
O presidente da Câmara de Braga, João Rodrigues, considerou a possibilidade "muito grave" e garantiu que iria obter esclarecimentos junto da administração dos TUB.
Posteriormente, o município assegurou que o caderno de encargos estabelece "regras rigorosas que impedem qualquer forma de acesso remoto não autorizado". Em Viana do Castelo, onde foram adquiridos 17 autocarros elétricos da mesma origem, o presidente Luís Nobre mostrou-se tranquilo, afirmando que "há notícias que só servem para criar alarido e agitação social" e confiando nas garantias de segurança transmitidas pela empresa fornecedora.
A situação expõe a tensão entre a necessidade de modernizar as frotas de transporte com tecnologia avançada e as preocupações crescentes com a segurança de dados e a potencial interferência externa em infraestruturas críticas.














