A passagem da depressão Cláudia por Portugal continental e pela Madeira provocou um rasto de destruição, com milhares de ocorrências relacionadas com as condições meteorológicas adversas, incluindo inundações, quedas de árvores e duas vítimas mortais. Entre as 14h00 de 12 de novembro e as 11h00 de 14 de novembro, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registou um total de 2.434 ocorrências em Portugal continental. As sub-regiões mais afetadas foram a Península de Setúbal (577 ocorrências), a Grande Lisboa (265) e o Algarve (251). A principal tipologia de ocorrência foram as inundações, que totalizaram 1.357 situações, seguidas por 442 quedas de árvores e 264 limpezas de vias. O mau tempo resultou em duas vítimas mortais em Fernão Ferro, no concelho do Seixal, onde um casal de idosos de 88 anos faleceu após a sua habitação ter sido inundada, e deixou um total de 32 pessoas deslocadas nos concelhos de Abrantes, Salvaterra de Magos, Seixal e Pombal.
A resposta às diversas ocorrências mobilizou 7.682 operacionais, apoiados por 2.947 veículos.
Foram registados fenómenos de vento extremo, com a rajada máxima a atingir 127,1 km/h nas Penhas Douradas, na Serra da Estrela.
O impacto da tempestade foi visível em todo o país, com “imagens impressionantes” de carros submersos e casas inundadas em locais como Alcobaça e Montijo.
O mau tempo afetou também celebridades, como Mickael Carreira e Laura Figueiredo, cuja casa de luxo na Margem Sul ficou inundada.
A intensidade da depressão levou ainda a perturbações significativas nas infraestruturas, incluindo o descarrilamento de um comboio na Linha da Beira Baixa e o alagamento de instalações industriais como a Autoeuropa.
Em resumoA depressão Cláudia teve um impacto severo em Portugal, resultando em mais de 2.400 ocorrências, duas mortes, dezenas de desalojados e danos materiais significativos em infraestruturas e habitações, mobilizando uma vasta operação de proteção civil em todo o território.