A sua história, contada na primeira pessoa, revela as complexidades de uma crise pessoal amplificada pela exposição pública.
Iara Ramos Nascimento, após uma semana desaparecida e ter sido encontrada em Madrid, recorreu às redes sociais para partilhar a sua versão dos acontecimentos, num testemunho que rapidamente captou a atenção do público.
Nos vídeos, Iara detalha um período de grande angústia, afirmando que a sua fuga foi motivada por uma sensação de perseguição e pela necessidade de ajuda que sentia não estar a receber. "Eu disse que precisava de ajuda. A única coisa que eu queria era fugir", confessou.
A sua narrativa descreve uma experiência traumática em Madrid, onde chegou a dormir na rua, "debaixo de carros... sem comer", e a beber água de um lava-carros, movida por uma "paranóia que estava a ser perseguida".
A sua intenção, segundo as suas palavras, era "fugir de tudo e todos".
O caso ganha contornos de drama familiar com as críticas diretas ao seu irmão, o apresentador Cláudio Ramos, e ao resto da família. Iara acusa-os de negligência e falta de apoio ao longo de três anos de sofrimento. "Se não sabia também foi falta de cuidado, como ele disse não são dois dias, foram três anos", declarou, acrescentando que se sentiu posta à parte. As suas palavras pintam um quadro de isolamento e incompreensão, onde se sentiu "culpada de tudo e mais alguma coisa" num "jogo psicológico muito grande".
A sua exposição pública, através de vídeos, transformou uma crise privada num fenómeno viral, ilustrando o poder das redes sociais como plataforma para vozes que se sentem silenciadas, mas também expondo as complexas e, por vezes, dolorosas dinâmicas familiares sob o escrutínio público.













