A manequim, cuja carreira internacional a levou das passarelas da alta-costura a ser um dos ‘Anjos’ da Victoria’s Secret, expôs uma realidade privada marcada pelo medo, que a manteve calada durante anos por “vergonha, humilhação e medo pela [sua] segurança”.

As acusações são graves e abrangem abuso “físico, emocional e financeiro”, estendendo-se a agressões a membros da sua família.

Borges afirma ter provas das suas alegações, incluindo relatórios policiais de violência doméstica em Portugal e nos Estados Unidos.

A modelo detalha ainda um alegado abuso financeiro, afirmando que o ex-companheiro lhe roubou “centenas de milhares de dólares” e se apropriou da sua casa em Portugal, onde viveria com outra mulher, que também terá engravidado enquanto ainda estavam casados. Segundo o seu relato, o ex-companheiro recusa-se a conceder-lhe o divórcio, a menos que ela lhe dê “acesso a todo o seu dinheiro”.

A coragem de Maria Borges em expor a sua situação, partilhando inclusivamente imagens de um episódio de violência, representa um momento significativo no combate à violência doméstica, utilizando a sua visibilidade para dar voz a um problema que afeta inúmeras mulheres silenciosamente. O caso ilustra o poder das redes sociais como um meio para figuras públicas contornarem as barreiras tradicionais e denunciarem diretamente situações de abuso, gerando um debate crucial sobre a violência de género e a proteção das vítimas.