A controvérsia em torno da participação de Israel no Festival Eurovisão da Canção tornou-se um dos temas virais de 2025, transcendendo o debate musical para se transformar numa questão geopolítica com consequências reais. A decisão da União Europeia de Radiodifusão (UER) de não levar a votação a exclusão do país gerou uma onda de boicotes por parte de várias emissoras europeias, enquanto Portugal confirmou a sua participação. A polémica, alimentada pelo conflito em Gaza, levou várias emissoras públicas, incluindo as de Espanha, Países Baixos, Irlanda e Eslovénia, a ameaçar e, posteriormente, a confirmar a sua retirada do concurso de 2026. A UER justificou a sua decisão de não realizar uma votação formal sobre a participação de Israel como uma forma de "evitar divisões ainda maiores".
Em contrapartida, a RTP, emissora pública portuguesa, anunciou que participará no evento, tendo votado a favor de alterações às regras que visam "reforçar a confiança e a transparência".
A situação transformou a Eurovisão num "microcosmo das tensões europeias", onde a pressão das redes sociais e dos movimentos de boicote amplifica cada decisão.
O presidente israelita, Isaac Herzog, saudou a manutenção do país no concurso, afirmando que Israel "merece estar representado em todos os palcos do mundo".
Este episódio demonstra como os grandes eventos culturais já não conseguem ignorar as questões políticas e sociais que dominam o debate digital, sendo pressionados por uma audiência global que exige clareza e posicionamento.
Em resumoA decisão da UER de permitir a participação de Israel na Eurovisão de 2026 desencadeou um intenso debate viral e o boicote de vários países, como Espanha e Irlanda. O episódio evidenciou a crescente politização de eventos culturais, com Portugal a confirmar a sua presença no festival.