Artistas como João Baião, que a recordou como a “Voz de Lisboa, de Portugal!”, Sofia Alves, que a descreveu como “das mulheres que mais me cativou na vida”, Herman José e Manuel Luís Goucha partilharam mensagens de pesar. Imortalizada como a primeira intérprete do tema “Cheira Bem, Cheira a Lisboa”, Anita Guerreiro teve uma carreira multifacetada que abrangeu o teatro de revista, onde se estreou em 1954, o fado e a televisão, com participações em séries como “Os Batanetes” e novelas como “Olhos de Água”. Apesar da sua notoriedade como fadista, confessou em entrevistas preferir a representação: “O que mais me satisfaz mesmo é ser atriz”. Os artigos recordam ainda a sua vida pessoal, como o sofrimento com a doença de Alzheimer do marido, Pepe Cardinali, e o seu desejo para o final da vida, expresso a Manuel Luís Goucha: “Peço muitas vezes: 'Deus, leva-me, mas não me faças sofrer'”.