O Futuro do Trabalho em 2026: Entre a Tecnologia, o Bem-Estar e a Flexibilidade



Os artigos indicam que o mercado de trabalho em 2026 será redefinido por uma profunda valorização do capital humano, impulsionada por avanços tecnológicos e novas expectativas profissionais.
Segundo a International Workplace Group (IWG), as empresas colocarão as pessoas no centro das suas estratégias, com os modelos de trabalho flexíveis e híbridos a consolidarem-se como ferramentas essenciais para atrair e reter talento. Esta mudança é suportada por tecnologias como a Inteligência Artificial (IA) e ferramentas de videoconferência, que permitem sistemas de trabalho mais eficientes, personalizados e geograficamente distribuídos, aproximando os empregos das comunidades locais. A Inteligência Artificial deixará de ser uma tendência para se tornar uma prioridade operacional, atuando como assistente de trabalho para automatizar tarefas administrativas e libertar os colaboradores para funções mais estratégicas. Nos Recursos Humanos, a IA otimizará processos de recrutamento através de algoritmos preditivos e análise de dados para antecipar necessidades de talento. A colaboração intergeracional será crucial, com a Geração Z a desempenhar um papel ativo na formação de colegas mais seniores sobre o uso de novas tecnologias.
O bem-estar e a saúde mental ganharão um peso estratégico sem precedentes, podendo até tornar-se uma obrigação legal.
Para combater fenómenos como o "quiet cracking" (desligamento emocional), as empresas investirão em pacotes de benefícios flexíveis, como os da Ticket, e em programas de bem-estar holísticos. Os espaços de trabalho físicos também evoluirão, adotando um conceito de "hotel boutique" e promovendo a proximidade de casa através de escritórios "ocasionais" e do modelo de "cidades de 15 minutos", que visam reduzir o tempo de deslocação e aumentar a qualidade de vida.
Simultaneamente, o mercado será moldado pelas expectativas da Geração Z, que valoriza o propósito, a autonomia e a flexibilidade. A nível regulatório, uma mudança significativa será a implementação da Diretiva da UE sobre transparência salarial, que deverá tornar obrigatória a divulgação de faixas salariais nos anúncios de emprego até junho de 2026. Outras tendências incluem a crescente relevância das microcertificações para o desenvolvimento de competências e o aumento da contratação de executivos a tempo parcial devido à volatilidade económica.















