
Custos do alojamento ameaçam percurso académico dos estudantes em Lisboa



Um inquérito realizado pela Federação Académica de Lisboa (FAL) a 1.131 jovens traça um "retrato preocupante" sobre o impacto dos custos do alojamento na vida dos estudantes do ensino superior na capital.
Os resultados indicam que 25%, ou seja, um em cada quatro estudantes, já ponderou abandonar o seu percurso académico devido ao peso insustentável que esta despesa representa para si e para as suas famílias. Pedro Neto Monteiro, presidente da FAL, sublinha que o alojamento estudantil se tornou "um dos maiores fatores de exclusão no Ensino Superior em Portugal" e que a habitação não é apenas um problema social, mas também "um problema de futuro para Portugal". O estudo revela ainda uma grande vulnerabilidade no mercado de arrendamento, com 43% dos estudantes deslocados a não possuírem contrato de arrendamento.
Deste grupo, 60% afirmam que a ausência de contrato se deve à recusa do senhorio, enquanto 26% reportam que o valor da renda aumentaria caso o contrato fosse formalizado. Esta informalidade, alerta a FAL, leva à exclusão automática dos estudantes de vários mecanismos de apoio, uma vez que a apresentação de um contrato é obrigatória para aceder aos mesmos. A falta de informação é outro problema identificado, já que 42% dos alunos sem direito a bolsa não sabiam que podiam candidatar-se ao complemento de alojamento, e apenas 12% o fizeram.
Perante este cenário, a FAL considera os resultados um alerta para os decisores políticos e para a sociedade, argumentando que a crise habitacional está a condicionar a democratização do acesso ao Ensino Superior e a comprometer o papel da educação como "elevador social".
Os estudantes exigem medidas estruturais para resolver o problema, incluindo o aumento do número de camas públicas, a criação de mecanismos de apoio simplificados e transparentes, e uma fiscalização eficaz do mercado de arrendamento. Sem estas respostas, defendem, os custos do alojamento continuarão a afastar estudantes, a aprofundar as desigualdades e a "hipotecar o desenvolvimento do país".
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