
Aula do Ministro da Educação sobre poupança desviada para debate sobre propinas e ação social



O Ministro da Educação, Fernando Alexandre, visitou a sua antiga escola, a Escola Dr. Joaquim de Carvalho na Figueira da Foz, para lecionar uma aula sobre "A poupança e a capacidade de imaginar o futuro" a uma plateia de cerca de 280 alunos.
No entanto, durante o período de perguntas e respostas, os estudantes demonstraram maior interesse em debater questões prementes como as propinas universitárias e os apoios sociais, deixando o tema da poupança em segundo plano.
As preocupações dos alunos foram verbalizadas por Margarida Jordão, aluna do 12.º ano, que atuou como porta-voz dos colegas.
A estudante questionou o ministro sobre o aumento das propinas e a insuficiência de residências para estudantes, manifestando o sentimento de que o apoio do Governo aos estudantes "está a ficar vazio" e que a subida das propinas era um sinal de que os jovens estavam "por sua conta". Em resposta, Fernando Alexandre esclareceu que a atualização das propinas para o ano letivo de 2026/2027, estimada em 13 euros mensais e ajustada à taxa de inflação, está associada a um novo modelo de ação social. Este novo modelo prevê um reforço de 30 milhões de euros, elevando o orçamento total para 100 milhões, com o objetivo de garantir que "ninguém seja excluído por razões económicas", através de bolsas para quem não tiver meios para pagar.
Relativamente ao alojamento, o ministro reconheceu ser a "dimensão mais importante". Anunciou que, através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), estão a ser financiadas 139 residências, que irão adicionar mais de 11.000 novas camas ao sistema.
Destas, 1.500 já estão disponíveis, 1.000 ficarão prontas em setembro e as restantes quase 9.000 em 2026.
Adicionalmente, mencionou a existência de um apoio ao alojamento para estudantes deslocados sem vaga em residências, embora não tenha avançado valores.
Apesar das garantias, o ministro admitiu não poder assegurar a 100% que nenhum estudante venha a ser excluído por motivos económicos, classificando essa eventualidade como "gravíssima".
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