Códigos a Zeros e Retórica Nuclear: A Frágil Segurança Atómica Entre o Passado e o Presente



O Kremlin negou que o Presidente Vladimir Putin tenha ordenado o início de preparativos para testes nucleares, esclarecendo que o líder russo solicitou apenas uma "proposta consensual" sobre a possibilidade de o fazer.
Segundo o porta-voz Dmitry Peskov, a decisão de avançar seria "muito séria, bem fundamentada e cuidadosamente ponderada".
Peskov reiterou o compromisso da Rússia com a proibição de testes, mas advertiu que Moscovo agiria "da mesma forma" se os Estados Unidos realizassem os seus próprios testes.
A tensão surge na sequência de um anúncio do presidente norte-americano, Donald Trump, sobre o tema, com a Rússia a procurar "explicações" sobre as suas intenções.
O especialista em Direito Internacional, Francisco Pereira Coutinho, atribui a responsabilidade desta "crise" a Trump, que terá despoletado este "jogo" com base em mentiras, uma vez que Peskov garantiu que "nem a Rússia nem a China estão a realizar testes de armas nucleares".
Este clima de incerteza realça a fragilidade histórica dos sistemas de segurança nuclear. Um exemplo notável, revelado décadas mais tarde pelo antigo oficial da Força Aérea Bruce Blair, foi o código de lançamento dos mísseis balísticos intercontinentais Minuteman dos EUA. Durante quinze anos, entre o auge da Crise dos Mísseis de Cuba e 1977, o código foi simplesmente "00000000".
Esta não foi uma falha técnica, mas uma decisão deliberada do Strategic Air Command (SAC) para contornar os mecanismos de segurança impostos pelo Presidente John F. Kennedy, que temia lançamentos não autorizados. O SAC pretendia garantir uma capacidade de retaliação imediata, sem depender de códigos que poderiam não chegar a tempo em caso de falha de comunicações. A segurança dependia da "regra dos dois homens", que exigia a presença de dois operadores para qualquer ação crítica. No entanto, Blair afirmou que esta regra era frequentemente contornada, o que significava que um único indivíduo, conhecendo o código de oito zeros, poderia teoricamente iniciar uma sequência de lançamento. A vulnerabilidade só foi corrigida em 1977, com a implementação de um sistema que exigia códigos dinâmicos transmitidos pelo comando superior.
Este episódio histórico serve como um aviso sobre como decisões humanas e práticas internas podem comprometer a segurança global, uma questão que a retórica nuclear atual volta a colocar em evidência.
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