
A maioria das casas do PRR ficou em Lisboa, deixando o interior quase de fora: o que explica esta desigualdade?



Até julho de 2025, o programa 1.º Direito, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), entregou mais de 11.000 habitações em Portugal. No entanto, a distribuição destes apoios revela uma acentuada concentração geográfica, com cerca de 60%, ou quase dois terços, das casas a serem atribuídas no distrito de Lisboa.
A análise desta disparidade foi realizada pela jornalista Mariana Coelho Dias, da secção de Economia do Expresso, e divulgada no podcast diário do jornal, “Economia dia a dia”, conduzido por Juliana Simões.
Esta concentração na capital contrasta fortemente com a realidade do interior do país, onde os números são descritos como residuais.
Distritos como Beja e Guarda receberam apenas algumas dezenas de fogos, uma situação que acentua o debate sobre o equilíbrio territorial das políticas públicas. A distribuição assimétrica dos recursos levanta questões sobre a eficácia das estratégias de combate à desertificação e de revitalização das zonas rurais, especialmente em regiões como Beja, onde a fixação de população jovem é considerada uma necessidade premente.
Enquanto a política nacional se foca na capital, surgem propostas a nível local que procuram diversificar as soluções de habitação.
Em Oliveira de Azeméis, o candidato do partido Livre à presidência da Câmara, Ricardo Praça Costa, propõe um modelo que vai além da construção de habitação social. O seu programa eleitoral inclui o incentivo a cooperativas habitacionais, a criação de um “banco municipal de casas vazias” e o apoio à autoconstrução e habitação evolutiva.
A candidatura de Ricardo Praça Costa, a primeira do Livre no concelho, insere-se num contexto eleitoral que inclui outros candidatos como Ricardo Campelo Magalhães (IL), Sara Costa (BE), Manuel Almeida (Chega), Pedro Marques (coligação PSD/CDS-PP) e o atual presidente, Joaquim Jorge Ferreira (PS).
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