Vaticano Mantém Porta Fechada ao Diaconado Feminino, mas Abre Janela a Novos Ministérios



O Vaticano voltou a rejeitar a possibilidade de as mulheres serem ordenadas diáconos na Igreja Católica, uma função que lhes permitiria pregar e administrar alguns sacramentos.
A decisão consta de um relatório de sete páginas, elaborado por uma comissão nomeada em 2020 pelo Papa Francisco e presidida pelo cardeal Giuseppe Petrocchi.
O documento, concluído em fevereiro e tornado público por decisão do Papa Leão XIV, afirma que o estado atual da investigação histórica e teológica "exclui a possibilidade de prosseguir na direção da admissão das mulheres ao diaconado entendido como grau do sacramento da ordem".
O relatório sistematiza os argumentos de ambos os lados do debate. Os opositores à ordenação feminina sustentam que "a masculinidade de Cristo, e portanto a daqueles que recebem as Ordens Sagradas, não é acidental, mas parte integrante da identidade sacramental", e uma alteração seria uma "perturbação do significado nupcial da salvação".
Por outro lado, os defensores argumentam que a exclusão contradiz a "igualdade de estatuto entre homens e mulheres à imagem de Deus" e a evolução social para a igualdade de género, citando a Epístola aos Gálatas.
Apesar da recusa, a comissão, composta por cinco homens e cinco mulheres para além do presidente e do secretário, refere que não é possível, para já, formular um "juízo definitivo", ao contrário do que acontece com a ordenação sacerdotal.
A comissão propõe, no entanto, uma alternativa.
Com nove votos a favor e um contra, recomendou que "o acesso das mulheres aos ministérios estabelecidos para o serviço comunitário seja alargado".
Este alargamento, defende o relatório, constituiria um "sinal profético", especialmente em contextos onde as mulheres ainda sofrem discriminação de género.
O diaconado é o grau de consagração inferior ao sacerdócio, e atualmente é reservado apenas a homens.











