
Xi reúne-se com Kim Jong-un e promete consolidar relações com Coreia do Norte



A China realizou um monumental desfile militar em Pequim para assinalar o 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico, um evento que serviu para exibir os seus mais recentes avanços bélicos e reforçar alianças estratégicas.
O Presidente chinês, Xi Jinping, presidiu à cerimónia ladeado pelo Presidente russo, Vladimir Putin, e pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un, numa rara demonstração pública de unidade entre os três países, interpretada no Ocidente como um sinal de alinhamento contra os Estados Unidos e os seus aliados.
Durante o evento, a China apresentou um vasto arsenal, incluindo novos mísseis balísticos intercontinentais como o DF-5C, com capacidade nuclear e alcance global, drones submarinos, armas laser e caças modernos.
No seu discurso, Xi Jinping afirmou que o "grande rejuvenescimento da nação chinesa é imparável" e que o país nunca será intimidado, ao mesmo tempo que reiterou o seu compromisso com o desenvolvimento pacífico.
A parada militar contou também com a presença de outros líderes, como o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, e os presidentes da Sérvia e da Bielorrússia.
A demonstração de força provocou reações imediatas.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, acusou os três líderes de estarem a "conspirar contra os Estados Unidos" e lamentou a falta de reconhecimento pelo sacrifício americano na guerra contra o Japão.
A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, classificou o encontro como um "desafio direto" à ordem internacional.
Em resposta, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun, rejeitou as acusações, afirmando que as relações diplomáticas da China "não são direcionadas contra terceiros".
À margem do desfile, foi confirmado que Xi Jinping se reuniria com Kim Jong-un para discutir "questões de interesse mútuo", um encontro visto como uma tentativa de reforçar a cooperação estratégica. Em contraste com a posição ocidental, o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, elogiou o desfile como uma "poderosa mensagem de justiça e paz" e lamentou a ausência de outros líderes da UE, considerando que o bloco comunitário ficou isolado.
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