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Críticas de Svetlana Alexievich e o Custo Humano da Guerra na Ucrânia

A escritora e Nobel da Literatura, Svetlana Alexievich, teceu duras críticas aos regimes da Rússia e da Bielorrússia durante o festival Fólio, num contexto marcado pela contínua agressão militar na Ucrânia e pelo drama humanitário do rapto de crianças.
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A escritora e jornalista Svetlana Alexievich, laureada com o Nobel da Literatura em 2015, foi a figura central do Festival Literário Internacional de Óbidos (Fólio) 2025, onde proferiu duras críticas aos regimes da Rússia e da Bielorrússia.

Nascida na Ucrânia, a autora de 77 anos partilhou a sua visão sobre os fracassos políticos que se seguiram à queda da União Soviética e abordou a atual situação geopolítica, que continua a ter consequências devastadoras, como os recentes ataques russos que vitimaram civis e o rapto de crianças ucranianas.

Durante a sua intervenção, moderada pela jornalista Sara Figueiredo Costa, Alexievich explicou a origem do seu método literário, classificado como “romance de vozes”. A autora, conhecida pela sua pentalogia “Vozes da Utopia”, relatou como as histórias que ouvia na sua infância, contadas por mulheres numa vila devastada pela II Guerra Mundial, eram mais poderosas do que os livros que lia, inspirando-a a dar voz às vítimas de tragédias como a guerra do Afeganistão ou o desastre de Chernobyl. No campo político, Alexievich foi corrosiva, afirmando que, nos anos 1990, a Rússia falhou em implementar reformas, o que levou à criação de “merdocratas em vez de democratas”.

Descreveu o presidente russo, Vladimir Putin, como “fascista” e o líder da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko, como “ditador”.

A escritora, que vive exilada em Berlim, denunciou a repressão no seu país natal, com mais de 50 mil presos políticos e cinco milhões de exilados, e criticou a Bielorrússia por servir de “albergue para tanques russos”.

Criticou ainda a demora da União Europeia e dos EUA no apoio militar à Ucrânia.

A realidade descrita por Alexievich é corroborada por notícias recentes.

Nas últimas 24 horas, ataques russos na Ucrânia causaram sete mortos e 23 feridos, incluindo crianças.

Paralelamente, persiste o drama humanitário do sequestro de crianças ucranianas pela Rússia. Histórias como as de Kira, Sascha, Petro e Nina, que conseguiram fugir ou ser resgatadas, evidenciam a coragem no meio do sofrimento, embora se estime que cerca de 20 mil crianças continuem por resgatar. No final da sua apresentação, Svetlana Alexievich anunciou o seu próximo livro, “O Fim do Homem Vermelho”, e deixou uma nota de esperança, afirmando que “os ditadores não conseguem vencer o tempo”.

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