
Perfil do Abstencionista e Comportamento Político Jovem em Portugal



Um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), intitulado ‘Abstenção Eleitoral em Portugal: Mecanismos, Impactos e Soluções’, revela que o perfil do abstencionista é predominantemente jovem (18-30 anos), com menores qualificações académicas, pertencente a classes sociais mais baixas, a minorias étnicas ou que não seja proprietário de habitação. Em contrapartida, os eleitores mais assíduos são mais velhos, mais escolarizados e de classes sociais mais elevadas, sendo o forte sentimento de "dever cívico" e a "culpa" por não votar os principais fatores que os mobilizam.
A distância ao local de voto também é identificada como uma barreira relevante.
Contrariamente ao observado noutros países, o estudo da FFMS aponta que os abstencionistas em Portugal tendem a posicionar-se ligeiramente mais à direita do que os votantes frequentes.
Este grupo favorece a descida de impostos e prefere ser representado por "cidadãos comuns" em vez de "políticos profissionais", o que poderá implicar uma sub-representação de segmentos conservadores do eleitorado.
A investigação da FFMS, realizada entre 2021 e 2022, apurou ainda que as eleições legislativas e autárquicas registam maior mobilização do que as presidenciais e europeias, e que a participação tende a ser maior em zonas urbanas nas eleições nacionais, mas superior em áreas rurais nas autárquicas. Paralelamente, uma investigação da Escola Superior de Educação de Coimbra foca-se nos jovens eleitores (18-21 anos) e conclui que as plataformas digitais estão a reforçar divisões e a fragilizar a democracia. O estudo mostra que jovens com atitudes populistas ou que apoiam discursos da direita radical são mais propensos a expressar hostilidade emocional contra quem pensa de forma diferente. A rede social X (antigo Twitter) está associada a um risco de polarização 38% superior ao do Instagram, o que sugere que a arquitetura das plataformas influencia diretamente as atitudes políticas.
Ambos os estudos alertam para os riscos para a democracia e propõem soluções.
Os investigadores de Coimbra sublinham a necessidade de investir em literacia mediática e transparência algorítmica.
Já o estudo da FFMS recomenda reforçar a Educação para a Cidadania nas escolas, expandir o voto antecipado em mobilidade, testar o voto aos 16 anos e debater um círculo nacional de compensação. O voto obrigatório e o voto pela Internet não são recomendados pelos autores.
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