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Berkshire Hathaway vende totalidade da participação na BYD

A Berkshire Hathaway, empresa do investidor Warren Buffett, vendeu a totalidade da sua participação na fabricante chinesa de veículos elétricos BYD, encerrando um investimento de 17 anos que gerou uma valorização de quase 3900% e provocando uma queda imediata nas ações da empresa.
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A Berkshire Hathaway, conglomerado liderado por Warren Buffett, confirmou a venda da sua participação total na fabricante chinesa de veículos elétricos BYD, pondo fim a uma ligação de 17 anos. O investimento inicial, realizado em 2008 por recomendação de Charlie Munger, foi de aproximadamente 230 milhões de dólares (195 milhões de euros) e resultou numa valorização impressionante de 3890%. O processo de saída foi gradual, tendo início em agosto de 2022, quando a Berkshire começou a reduzir a sua posição, que na altura estava avaliada em cerca de 9 mil milhões de dólares. Em meados de 2024, a participação desceu abaixo do limiar de 5%, eliminando a obrigação de comunicar publicamente as vendas subsequentes. O anúncio teve um impacto imediato no mercado, com as ações da BYD a desvalorizarem mais de 3% na bolsa de Hong Kong. A fabricante chinesa, através do seu diretor-geral de relações públicas, Li Yunfei, minimizou o evento, descrevendo a compra e venda de ações como "normal" numa publicação na rede social Weibo.

Yunfei aproveitou para agradecer a Buffett e Munger pelo apoio e investimento ao longo de quase duas décadas.

Warren Buffett não justificou publicamente a decisão, embora em 2023 tenha descrito a BYD como uma "empresa extraordinária", afirmando que encontraria outras aplicações para o capital. A venda ocorre num momento delicado para a BYD, que enfrenta uma fase de estagnação no crescimento. As vendas em julho e agosto de 2025 registaram o aumento mais baixo desde janeiro de 2021, contrastando com o crescimento geral do mercado de Veículos a Novas Energias. A empresa terá mesmo reduzido internamente a sua meta de vendas para 2025.

Este cenário é agravado por uma prolongada guerra de preços no setor automóvel chinês, que levou a BYD a registar a primeira queda nos lucros trimestrais em mais de três anos.

A decisão da Berkshire surge também num contexto em que a empresa vendeu participações noutras companhias, como a TSMC, devido a riscos geopolíticos.

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