Incerteza em Oslo: A Viagem Desafiadora da Nobel da Paz María Corina Machado



A esperada primeira aparição pública em quase um ano da opositora venezuelana e laureada com o Prémio Nobel da Paz, María Corina Machado, foi marcada pela incerteza esta terça-feira, após a sua conferência de imprensa em Oslo ter sido primeiro adiada e, posteriormente, cancelada para o dia. O evento, que tradicionalmente antecede a cerimónia formal de entrega do prémio agendada para quarta-feira, estava marcado para a hora de almoço no Instituto Nobel norueguês. Inicialmente, o porta-voz do Instituto Nobel, Erik Aasheim, anunciou o adiamento, expressando esperança de que o evento ainda pudesse ocorrer no mesmo dia.
Contudo, horas mais tarde, o Comité Norueguês do Nobel confirmou que a conferência "não se realizará hoje", sem especificar se seria remarcada.
O comité justificou a situação citando as declarações da própria Machado sobre os desafios da sua viagem para a Noruega, acrescentando não poder fornecer mais informações sobre quando ou como a laureada chegaria a Oslo. As dificuldades na viagem foram apontadas como o motivo provável para o cancelamento.
María Corina Machado, de 58 anos, foi distinguida com o prémio a 10 de outubro pelo seu "trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo da Venezuela" e pela sua luta por uma transição pacífica da ditadura para a democracia.
A opositora do regime de Nicolás Maduro vive na clandestinidade e não aparece em público há 11 meses. Devido a "motivos de segurança", ela já havia alertado que não poderia sair do seu esconderijo enquanto Maduro estivesse no poder.
Apesar de ter decidido posteriormente tentar comparecer à cerimónia, Machado preparou um plano de contingência.
Caso não consiga chegar a Oslo, o prémio será recebido em seu nome pelos presidentes do Paraguai, Santiago Peña, e do Panamá, José Raúl Mulino.











