
Administração Trump quer rever licença de projeto eólico da EDPR nos EUA



A administração norte-americana, liderada por Donald Trump, está a tomar medidas para revogar as licenças de vários projetos de energia eólica offshore na costa leste dos EUA, afetando diretamente empresas europeias como a portuguesa EDP Renováveis (EDPR), a francesa Engie e a espanhola Iberdrola.
A intenção do governo foi revelada em documentos submetidos em tribunal federal, que procuram cancelar as licenças concedidas pela administração anterior de Joe Biden.
Os projetos visados incluem o SouthCoast Wind, uma parceria entre a EDPR e a Engie através da joint-venture Ocean Winds, e os projetos New England Wind 1 e 2, da Avangrid, uma subsidiária da Iberdrola.
Ambos estão localizados ao largo da costa do estado de Massachusetts.
A ação judicial relativa ao SouthCoast Wind foi originalmente instaurada pela cidade de Nantucket.
Em resposta, os advogados da Ocean Winds acusaram a Casa Branca de um “desejo descarado do presidente para eliminar todos os projetos eólicos offshore independentemente dos seus impactos”. A EDPR já tinha anunciado em fevereiro a suspensão do projeto SouthCoast Wind, com uma capacidade prevista de 2,4 gigawatts, assumindo uma perda de 113 milhões de euros e prevendo um possível atraso de quatro anos. Segundo a imprensa, o revés é menos penalizador para a EDPR e a Iberdrola do que para a dinamarquesa Orsted, cujo projeto se encontrava numa fase de construção mais avançada.
As notícias indicam, no entanto, que estas decisões podem não ser definitivas, citando o caso da norueguesa Equinor, cuja suspensão de um projeto foi posteriormente levantada.
Esta ofensiva insere-se numa política mais ampla da administração Trump contra as energias renováveis.
O governo já havia cancelado o financiamento de 680 milhões de dólares para uma dúzia de projetos eólicos e obteve uma vitória num tribunal de recurso que lhe permite congelar cerca de 16 mil milhões de dólares de um “banco verde” destinado a financiar projetos climáticos. Espera-se que estas ações tenham um impacto negativo nas ações das empresas de energia envolvidas, com a EDPR a registar perdas na bolsa de Lisboa.
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