AEMinho Propõe Plano Duplo ao Governo: Mitigar Crise do Aço e Abraçar a Era da IA

A Associação Empresarial do Minho (AEMinho) apresentou ao Governo duas propostas estruturantes para reforçar a competitividade industrial, focadas em mitigar o impacto das novas tarifas sobre o aço e em preparar os trabalhadores para a era da Inteligência Artificial.

A Associação Empresarial do Minho (AEMinho) reuniu-se com o ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, e com o presidente da CCDR-N, António Cunha, para entregar duas propostas destinadas a apoiar o tecido empresarial da região e do país. Segundo o presidente da AEMinho, Ramiro Brito, as medidas visam garantir a competitividade, proteger o emprego e posicionar Portugal na vanguarda da inovação de forma “proativa e não reativa”.

A primeira proposta, intitulada ‘Pacote de Medidas para Mitigar o Impacto das Novas Tarifas sobre o Aço na Indústria Portuguesa’, responde às novas tarifas europeias e ao Mecanismo de Ajustamento Carbónico Fronteiriço (CBAM).

A AEMinho alerta que estes instrumentos podem aumentar significativamente o custo do aço importado, do qual a indústria nacional é fortemente dependente, resultando na perda de competitividade.

As medidas sugeridas incluem uma linha de crédito bonificado, majoração fiscal, vales de engenharia digital e IA, e incentivos à reciclagem. Com um custo público estimado de 414 milhões de euros em três anos, o plano prevê mobilizar mais de 830 milhões de euros de investimento privado, proteger entre 5.000 e 8.000 empregos e gerar um impacto acumulado no PIB entre 150 e 250 milhões de euros. A segunda iniciativa é o ‘Programa Nacional de Upskilling e Reskilling para a Era da IA (PNUR-IA)’, que visa preparar os trabalhadores para as transformações do mercado de trabalho impulsionadas pela Inteligência Artificial. O programa propõe um conjunto de incentivos fiscais e instrumentos de formação para acelerar a capacitação digital, como um crédito fiscal de 150%, isenção parcial de TSU, um vale de formação em IA e um fundo nacional para a requalificação. Os impactos estimados para este programa são a requalificação de 150.000 trabalhadores e um aumento de 20% na produtividade das empresas aderentes. O investimento público previsto é de 1,005 mil milhões de euros, com um retorno económico estimado superior a 3,78 mil milhões de euros.

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AEMinho reúne com Ministro da Economia e Presidente da CCDR-N. “Estas propostas são instrumentos concretos para garantir competitividade”

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