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Recuperação da Camada de Ozono

A camada de ozono, vital para a proteção da vida na Terra, está em vias de recuperação total, segundo a Organização Meteorológica Mundial. Este progresso assinala uma vitória para a cooperação ambiental internacional e o sucesso de acordos históricos.
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De acordo com um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma agência das Nações Unidas, a camada de ozono do planeta continua a sua trajetória de recuperação. As previsões, baseadas em cálculos de 2022, apontam para uma recuperação total dos níveis de ozono sobre a Antártida até 2066, regressando aos valores registados antes da formação do buraco. Noutras regiões, a recuperação será mais rápida, prevendo-se que ocorra por volta de 2045 no Ártico e em 2040 no resto do mundo. O relatório anual da OMM, divulgado no Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozono, a 16 de setembro, detalha que o buraco sobre a Antártida, que surge a cada primavera austral, foi menor em 2024 do que em anos anteriores. A 29 de setembro, o défice de massa de ozono atingiu um máximo de 46,1 milhões de toneladas, um valor inferior à média registada entre 1990 e 2020 e também aos números de 2020 e 2023, quando o défice ultrapassou as 50 mil toneladas.

A agência destacou ainda que se seguiu uma recuperação relativamente rápida após este pico.

Este progresso é atribuído ao sucesso de acordos internacionais, nomeadamente o Protocolo de Montreal (1987) e a Convenção de Viena, que celebra o seu 40.º aniversário. A 16 de setembro de 2009, ambos os tratados tornaram-se os primeiros na história da ONU a alcançar a ratificação universal. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, descreveu estes acordos como um "marco no multilateralismo", sublinhando que a recuperação da camada de ozono demonstra que "quando as nações acatam os alertas da ciência, o progresso é possível".

Apesar das boas notícias, a associação ambientalista portuguesa Zero alertou para a lentidão do processo, que mantém a humanidade exposta a níveis elevados de radiação ultravioleta, com sérios impactos na saúde, agricultura e ecossistemas. É importante distinguir o ozono estratosférico ('bom'), que protege a vida na Terra, do ozono troposférico ('mau'), um poluente tóxico para pessoas e plantas que se forma na baixa atmosfera.

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