Agricultores franceses mantêm protestos apesar da diminuição da mobilização



Os agricultores franceses mantêm os seus protestos, apesar de uma aparente perda de intensidade na mobilização ao longo dos últimos dias.
As principais razões para o descontentamento são a política sanitária do governo para o gado e o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, que os agricultores consideram prejudicial para o setor.
As manifestações, que incluem bloqueios de estradas, concentram-se sobretudo na região sudoeste do país. Segundo dados do Ministério do Interior francês, o número de ações tem vindo a diminuir progressivamente. No domingo, foram registadas 23 ações com a participação de 720 pessoas, um número significativamente inferior às 50 ações de sábado, 93 de sexta-feira e 110 de quinta-feira.
Apesar desta redução na escala dos protestos e dos apelos do governo a uma "trégua", continuam a surgir novos bloqueios e manifestações, indicando que a insatisfação permanece.
O descontentamento com o acordo UE-Mercosul não se limita a França.
Numa manifestação que juntou milhares de agricultores em Bruxelas, a Federação Agrícola dos Açores (FAA) marcou presença para protestar contra o mesmo acordo, evidenciando a dimensão europeia da contestação. A participação de agricultores portugueses levanta questões sobre a ausência de representantes de outras regiões, como os da Madeira.











