
Águas do Centro Litoral instalou barreiras em Arganil para evitar contaminação



A empresa Águas do Centro Litoral (AdCL) anunciou a instalação de barreiras físicas em três sistemas de abastecimento de água no concelho de Arganil — Pomares, Vila Cova e Alagoa. A medida visa impedir que cinzas, fragmentos de vegetação e outros contaminantes resultantes dos incêndios recentes cheguem às infraestruturas de tratamento, garantindo assim a segurança e qualidade da água para consumo público.
As barreiras, que consistem em geotêxtil colocado em pontos estratégicos de rios e ribeiras junto às captações, funcionam como filtros naturais. Esta iniciativa, desenvolvida em articulação com a Agência Portuguesa do Ambiente, surge em resposta ao incêndio que deflagrou em Piódão, Arganil, a 13 de agosto. Este fogo, que esteve ativo durante 11 dias, consumiu 64.451 hectares, afetando também os concelhos da Pampilhosa da Serra, Oliveira do Hospital, Seia, Castelo Branco, Fundão e Covilhã, naquela que foi a maior área ardida de sempre em Portugal.
Numa outra frente de resposta aos incêndios, a Câmara Municipal de Arouca criou um balcão de apoio destinado aos agricultores afetados pelos fogos ocorridos em julho.
Este serviço, localizado no Gabinete Técnico-Florestal do município, tem como objetivo auxiliar os lesados a submeterem os seus pedidos de apoio excecional, conforme estipulado no Decreto-Lei N.º 98-A/2025.
Os incêndios em Arouca, que deflagraram a 28 de julho e consumiram cerca de 4.000 hectares, causaram prejuízos estimados em 10 milhões de euros, com 150 particulares a reportarem danos até ao momento. Os apoios disponíveis destinam-se a compensar a perda de animais, culturas anuais e plurianuais, máquinas, equipamentos e espaços de apoio à atividade agrícola, visando o restabelecimento do potencial produtivo.
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